A gastronomia em Minas Gerais é uma das minhas preferidas. E não é só pelo pão de queijo. Por isso, neste post eu vou te dar três dicas de lugares para experimentar a delícia que é a comida mineira.
Luz de velas no Tragaluz, em Tiradentes.
Em Tiradentes, há um lugar charmosinho, pra jantar à luz de velas: o Tragaluz. O cardápio não só apresenta os pratos de forma ilustrada, como também conta a história deles e da cidade de Tiradentes. O carro chefe da casa é a galinha d’Angola cozida no vinho, mas há pratos de outras cozinhas também, como o bife au poivre.
Mas o ponto alto da noite foram as sobremesas. O Cadu pediu sorvete de queijo de minas com doce de leite (de comer chorando num cantinho). E eu, sem nem pensar duas vezes, pedi o “romeu e julieta” deles. Primeiro porque eu sou louca por goiabada. Segundo, porque ficou difícil resistir a goiabada frita, envolta numa camada de castanha-de-caju picada, sobre uma “cama” de catupiry, acompanhada de sorvete artesanal de goiaba. Jesus, Maria, José e o camelo! Que coisa deliciosa.
Todos os sorvetes servidos na casa são artesanais.
O Tragaluz só abre à noite e não é um restaurante muito barato, mas vale (bem) a pena.
Às vezes, não programar também dá certo.
Em todas as minhas viagens, não saio de casa sem um roteiro definido. E ele sempre inclui várias opções para comer entre um ponto turístico e outro. É, eu sei que às vezes é legal não fazer muitos planos e deixar a viagem te levar pra onde quer que seja. Mas, não adianta: sou daquelas que não sai de casa sem um mínimo de planejamento.
O problema de gostar de ter tudo sob controle é que, em toda viagem, há sempre aquele imprevisto. Aquela chuva inesperada. Ou aquele restaurante excepcionalmente fechado no dia programado. Que é o que aconteceu com a gente, lá em Tiradentes.
No meu lindo roteiro pelas históricas cidades de Minas Gerais, o programado para o dia era um almoço em um restaurante rústico no distrito de Bichinho. Chegando lá, demos com a cara na porta (ou na porteira, pra ser mais exata), e o roteiro foi para as cucuias.
Mas, ao voltarmos para Tiradentes com a barriga vazia, acabamos conhecendo o Ora Pro Nobis.
O restaurante fica ao lado do Chafariz de São José. Antigamente, a estrutura abastecia habitantes e animais da cidade. A construção, datada de 1749, possuía três pontos de reserva de água, um para cada finalidade: consumo das pessoas, sede dos animais e lavagem de roupas.
O Ora Pro Nobis é uma gracinha: tem mesas em uma parte externa, com fogão à lenha e tudo.
Para comer, escolhemos o Frango Ora Pro Nobis (o ora-pro-nobis é uma erva típica da região), acompanhado de arroz, feijão, couve, angu e aipim frito.
Na época, em 2012, foi uma ótima experiência: comida gostosa e farta, bom atendimento e preço razoável. Muito embora eu tenha lido algumas avaliações mais recentes não tão positivas sobre o lugar (mas, talvez, ainda valha a tentativa).
Em Belo Horizonte, ares de fazenda em um cantinho da Pampulha.
Em Belo Horizonte, em um cantinho meio escondido da Pampulha, está o Xapuri, consagrado restaurante da capital mineira. E a fama é justificável: o lugar é muito bonito (tem ares de fazenda), o atendimento é ótimo e a comida é deliciosa.
Na nossa visita, pedimos a moranga recheada com carne seca, que vinha acompanhada de arroz, feijão e couve. Além disso, pedimos uma porção de banana à milanesa, que eu adoro! Só não comemos mais por falta de espaço.
Para o Xapuri, só duas ressalvas (já esperadas, é verdade). Como na maioria dos restaurantes mais badalados, os preços não são tão convidativos. E, dependendo do dia e do horário, pode haver espera pra conseguir uma mesa (fazer reserva é sempre recomendável nesses lugares).
Mas, somando os prós e descontando os contras, recomendo a visita!
E você? Tem alguma garfadinha em Minas Gerais pra indicar pra gente? Comenta aí!