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Osteria della Colombina: como se fosse a casa da nonna.

Sem dúvida, é muita sorte nossa ter a Serra Gaúcha pertinho de Porto Alegre. Assim, em um final de semana, a gente pode conhecer vários lugares ótimos pra se comer bem. Como, por exemplo, a Osteria della Colombina, em Garibaldi.

Mas, primeiro, deixa eu contar como começou o final de semana.

Nosso final de semana na Serra Gaúcha

Pra começar, um pastel de beira de estrada em Portão

Começamos o passeio saindo de Porto Alegre pela manhã, em direção a Bento Gonçalves, passando primeiro por Carlos Barbosa e Garibaldi.

Mas, nesse caminho, sempre fazemos uma primeira parada obrigatória: a Casa de Cucas Maurer, na RS-240, em Portão. As cucas lá são uma delícia, mas o motivo da parada é outro: o pastel de carne. Porque eu simplesmente não resisto a um pastel de beira de estrada. Ainda mais esse, com massinha caseira e bem sequinho.

Depois, parada pra umas comprinhas em Carlos Barbosa, na loja da Tramontina

Pra quem curte utensílios domésticos, a loja de varejo da Tramontina certamente é o playground das panelas, travessas e talheres. Tem todas as linhas dos produtos, algumas que nem sempre estão disponíveis nas lojas por aí.

Os preços nem sempre são dos melhores, mas vez ou outra rolam umas promoçõezinhas. E, se não me engano, há descontos para excursões (o que nunca é o nosso caso, mas pode ser o de algum de vocês).

Almoço como na casa da nonna, na Osteria della Colombina

A Osteria della Colombina fica no interior de Garibaldi e faz parte do projeto Estrada do Sabor. Nele, as famílias abrem suas propriedades para visitação e para refeições com receitas tradicionais da imigração italiana. Além disso, há a venda dos produtos  lá fabricados.

O restaurante funciona na casa da família Bettú Lazzari, sendo dirigido pela dona Odete e suas quatro filhas. É prudente fazer reserva, porque o local é pequeno e os clientes costumam se demorar na mesa.

Fomos recebidos na Osteria della Colombina pela Raísa, uma das filhas da dona Odete. E também pelo Sultão, o queridão de estimação da casa e nosso guia pela propriedade. Ao menos até ele achar uma sombrinha para se deitar.

Atualização de setembro de 2018: estivemos novamente na Osteria della Colombina, mas, para nossa tristeza, a dona Odete nos disse que o querido do Sultão, que já estava velhinho, havia falecido. =(

A propriedade possui horta, pomar, criação de galinhas, dentre outras produções, que abastecem o restaurante. Mas é tudo feito de forma orgânica, sem a utilização de agrotóxicos ou outros componentes químicos.

Além disso, a propriedade conta com um pequeno museu, em uma antiga casa de madeira, com artigos típicos da época da imigração italiana.

O restaurante fica no porão da casa da família, conservando ainda o chão batido original. Casa de italiano sempre tem porão, como eu já contei neste outro post aqui.

Além disso, a refeição é servida em mesas grandes, o que é bem característico nas casas das famílias descendentes de imigrantes italianos. Tudo em meio a objetos e fotografias que contam a história do local e da família Bettú Lazzari.

Como é a comilança na Osteria della Colombina

Na Osteria della Colombina, o menu é servido em (várias) etapas, a R$ 60,00 por pessoa. Mas a comida é livre: você pode pedir repeteco dos pratos, quantas vezes quiser.

Em setembro de 2018, o valor do almoço havia subido um pouco: R$ 70,00 por pessoa.

Entradas

Para abrir o apetite, a casa oferece licores caseiros. Nessa visita, estavam servindo um de ameixa-de-inverno (ou nêspera).

Aliás, falando em apetite, chegue lá com fome, porque o pessoal não brinca em serviço. De cara, são servidas fatias de polenta brustolada e de salame. Assim, ó, não sei nem o que comentar. Pena que não tem como comer a foto.

osteria della colombina polenta salame osteria

Depois, vem a tradicionalíssima sopa de capeletti, mas feita como tem ser: só o capeletti cozido no brodo, sem entulhos pra atrapalhar.  Apenas com um pão caseiro pra acompanhar. O brodo é o caldo resultante do cozimento da carne de galinha ou de gado – ou dos dois, como geralmente é feito lá em casa. Quanto mais robusto, melhor. Diz o meu pai que um bom brodo certamente levanta até moribundo da cama.

osteria della colombina capeletti osteria

Depois, serviram a carne lessa, que é a carne que foi fervida pra fazer o brodo. Me senti muito em casa! Porque na minha casa nunca falta a carne lessa acompanhando a sopa de capeletti.

Junto com a carne, serviram uma salada de folhas da horta e frutas do pomar da propriedade. Porque sempre é bom ter uma saladinha pra equilibrar as calorias.

osteria della colombina salada carne lessa osteria
Pratos principais

E então chegaram os peso-pesados. Primeiro, serviram uma galinha em molho e um nhoque três queijos com salaminho defumado. Jesus, Maria, José e o camelo! Que delícia.

Depois, o almoço seguiu com a carne de gado com bacon e legumes, que estava muito gostosa. Além disso, serviram a tradicional fortaia, que nada mais é do que ovo mexido com queijo. Mas, lá em casa, a gente ainda mistura um salaminho.

Sobremesa

Para sobremesa, serviram sorvete de creme e limão siciliano (feito na casa), pudim e compotas de ameixa-de-inverno e laranjinha. Pra completar, um cafezinho passado com biscoitinhos pra acompanhar.

E tem vinho?

Sim, a Osteria della Colombina tem vinhos da casa, servidos em garrafas ou taças (estas por R$ 7,00 cada – valor de outubro de 2016). Escolhi uma taça de vinho rosé, de uva hebermont, enquanto que o Cadu pediu uma taça de tinto, feito do corte de cabernet, merlot e ancelotta.

osteria della colombina vinho osteria

Mimo final

No final do almoço, cada cliente é presenteado com uma colombina, um pãozinho em forma de pombinha, receita tradicional da família Bettú Lazzari. Aqui, ela veio numa caixinha comemorativa aos 15 anos do restaurante. Junto com ela, a receita da colombina. Uma mimosura!

Pra finalizar o passeio: degustação na vinícola Almaunica, em Bento Gonçalves.

Depois do belo almoço, fomos até a Vinícola Almaúnica, que fica no início da Estrada do Vinho, a principal via do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves.

osteria della colombina vinicola almaunica bento gonçalves

A vinícola tem visita guiada e degustação. Não fizemos a visita guiada, mas somente a degustação Reserva, a R$ 30,00 por pessoa (valor de outubro de 2016). Foram três espumantes – a moscatel, a 100% brut e a brut rosé – e cinco vinhos – sauvignon blanc, chardonnay, pinot noir, merlot, cabernet sauvignon e malbec. A vinícola é uma das poucas na região que produz malbec, um dos meus preferidos.

Atualização de maio de 2019: a degustação reserva custa R$ 60,00 por pessoa.

Depois da vinícola, seguimos para o hotel, em Bento Gonçalves mesmo. Mas o restante da viagem eu conto no próximo post. Confere lá!


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1 comentário em “Osteria della Colombina: como se fosse a casa da nonna.”

  1. Pingback: Há muito mais do que vinhos entre Bento Gonçalves e Garibaldi (parte II): o criativo Valle Rustico. – Garfadas pelo mundo.

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