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Turismo cervejeiro: inclua a cerveja no seu roteiro de viagem!

Vou ser franca com vocês: eu sou uma pessoa que prefere vinho à cerveja. Mas não é por isso que eu deixo de conhecer cervejarias pelo mundo. Até porque, mesmo não sendo a minha bebida preferida, eu bem curto um chopinho ou uma cervejinha aqui e ali. Por isso, já aderi ao turismo cervejeiro, e incluo visitas a cervejarias nos meus roteiros sempre que possível. Há várias delas por aí oferecendo experiências turísticas bem legais, pra quem quer conhecer mais sobre a história, o processo de fabricação e os tipos de cervejas pelo mundo.

Então aí vão as minhas dicas sobre turismo cervejeiro, com as cervejarias que eu já andei conhecendo por aí. Segue rolando a página!

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Turismo cervejeiro: o que é?

O turismo cervejeiro, assim como o enoturismo faz com o vinho, tem por objetivo incluir a cerveja não só como parte da gastronomia local, mas também como uma opção de atividade turística. As diversas cervejarias pelo mundo, ou mesmo regiões produtoras de cerveja, organizam visitações guiadas pelas instalações das fábricas ou por memoriais criados especificamente para fins turísticos. Nessas visitações, geralmente é contada a história da cerveja, bem como apresentados os ingredientes utilizados para a produção da bebida e explicado todo o processo de fabricação dela. Além disso, a visitação sempre inclui alguma degustação das bebidas.

Outras formas de turismo cervejeiro são as rotas organizadas em regiões produtoras de cerveja, bem como roteiros por bares especializados em cervejas artesanais ou que servem a própria cerveja. Por exemplo, aqui no Rio Grande do Sul, há uma rota cervejeira entre os municípios de Gramado, Canela e Nova Petrópolis. E aqui em Porto Alegre há um bairro cheio de microcervejarias, que fazem cervejas artesanais de muita qualidade. Mas sobre essas formas de turismo cervejeiro eu conto em outro momento.

Turismo cervejeiro: a história da cerveja

A primeira coisa que os lugares de turismo cervejeiro procuram mostrar é a história da cerveja, que é milenar. A bebida, que surgiu provavelmente de um acidente, já serviu, inclusive, como moeda.

Mas vamos por partes, como já diria o Jack. Há uns 10 mil anos atrás, alguém esqueceu uns cereais no sol. Eles fermentaram e essa fermentação resultou no líquido que daria origem à cerveja. Mas os primeiro registros de produção da bebida, ainda diferente de como conhecemos hoje, vieram com os sumérios e, depois, os egípcios também aprenderam a produzir a bebida. Aliás, os trabalhadores que construíram as famosas pirâmides do Egito eram pagos com cerveja. Imagina só se desse pagar os boletinhos de hoje com esse líquido precioso, hein?

Mas a expansão da cerveja se deu mesmo durante o Império Romano, já que Júlio César era um grande entusiasta da bebida. Foi com os romanos que a cerveja chegou até os gauleses, a quem é atribuída a origem do nome hoje utilizado para a bebida. Os gauleses chamavam o líquido de cerevisia, em homenagem a Ceres, deusa da agricultura e da fertilidade (o termo quer dizer “aos olhos de Ceres).

Enfim, o lúpulo entra na história

Na Idade Média, os mosteiros e conventos assumiram a produção da cerveja, monopolizando-a. Como os monges eram os estudiosos que  produziam os manuscritos da época, a eles coube conservar e aperfeiçoar a técnica de produção da bebida. Foi nessa época que se acrescentou o lúpulo à receita, em razão das suas propriedades conservantes. A adição foi ideia de uma mulher, a abadessa Hildegarda de Bingen (hoje santa), que era especialista em ervas.

Depois disso, em 1516, Guilherme IV da Bavária criou a Lei da Pureza, a qual define que a cerveja deve ser produzida apenas com três ingredientes: água, malte e lúpulo. Com o passar do tempo, os instrumentos e técnicas de produção foram se aperfeiçoando, tornando o processo mais mecanizado e menos artesanal. Mas ninguém se atreveu a mexer na receita.

Turismo cervejeiro: as cervejarias que valem a visita

Heineken Experience, em Amsterdam, na Holanda

Esse tour eu fiz lá no remoto ano de 2006, enquanto mochilava pela Europa. É quase em outra vida, eu sei. Mas, segundo as minhas pesquisas e os relatos de quem esteve lá recentemente, o tour continua valendo a pena pra quem visita Amsterdam. O tour custa 21 euros, mas, se fizer a reserva online antecipada, o ingresso sai por 18 euros. Ele inclui a visita guiada pela história da cervejaria e pelo processo de produção da cerveja. Além. disso, o visitante ganha duas cervejas no bar que fica dentro do complexo (quando fui, eram três pints de cerveja, o que me fez sair meio tontinha para o restante do meu dia de passeio na cidade).

foto da fachada da Heineken Experience em Amsterdam

turismo cervejeiro na Heineken Experience em Amsterdam, na Holanda

Cervejaria Bohemia, em Petrópolis, no Rio de Janeiro

Em 1853, nesta pequena parte da Alemanha no Brasil, Henrique Leiden, que introduziu a indústria cervejeira no país, fundou sua fábrica de cervejas. Posteriormente, a fábrica passou para as mãos de Henrique Kremer, que foi responsável pela sua expansão. A modernização veio com o neto de Kremer, e, em 1898, a fábrica foi rebatizada de Cervejaria Bohemia. As cervejas da marca são hoje largamente consumidas no país inteiro.

Mas, atualmente, a Cervejaria Bohemia em Petrópolis serve apenas como memorial, já que, desde 1972, as cervejas são produzidas na unidade de Jacarepaguá.

E, para que as pessoas conheçam a história da cervejaria, bem como entendam um pouco mais sobre como é produzida a popular bebida, é oferecido o Tour Cervejeiro (R$ 36,00 R$ 39,00 por pessoa). O ingresso pode ser adquirido online ou na hora mesmo. É uma exposição muito legal, que conta não só a história da marca, como também a história da cerveja no mundo. Os relatos vão desde a invenção da bebida pelos sumérios, passando pela época em que os egípcios pagavam os trabalhadores em cerveja (já pensaram?), até os dias de hoje. Além disso, a exposição mostra, etapa por etapa, de forma interativa, o processo de produção da cerveja.

No início do tour, você recebe o primeiro copo de cerveja, e ainda vai receber ainda mais alguns até o final, todos incluídos no preço do ingresso. Você pode degustar diferentes cervejas da linha artesanal da marca, aquelas que nem sempre você encontra nos mercados por aí. Se você gosta de cerveja, conhecer a Cervejaria Bohemia em Petrópolis é, sem dúvida, um programa imperdível na cidade.

Cooper’s, em Adelaide, na Austrália

Eu nunca tinha ouvido falar da Cooper’s até ir para a Austrália. Mas o tour vale a pena pra quem resolver incluir Adelaide no seu roteiro de viagem. A cervejaria fica um pouco afastada do centro da cidade, então o melhor é ir de carro ou pegar um táxi. Eu fiz a família ir de ônibus e me arrependi amargamente, pois a linha que passava por lá não parava muito perto da cervejaria e nós tivemos que ir andando no sol escaldante do verão australiano. Já deu pra imaginar o drama, né.

Na cervejaria, a visita guiada já começa na parte técnica, com o percurso pelas instalações da fábrica. Aqui a visita é no local onde efetivamente é fabricada a cerveja, diferentemente de outros lugares de turismo cervejeiro, em que o tour se dá por instalações antigas ou réplicas das fábricas. Ao final da visita, é feita a degustação, que, pelo menos no nosso caso, foi super descontraída e sem muita limitação na quantidade de cerveja.

O tour custa 33 dólares australianos por pessoa, incluindo a degustação. O ingresso pode ser comprado antecipadamente pela internet.

foto do colete do tour da Cooper's em Adelaide na Austrália

Carlton Brewhouse, em Melbourne, na Austrália

A Carlton & United Breweries é uma empresa que reúne as marcas de cerveja mais famosas da Austrália. E a Carlton Brewhouse é a sede onde acontece a parte turística. Dali sai a visita guiada pelas instalações da fábrica e ali termina o tour, com uma degustação em que você pode escolher até seis tipos de cervejas para experimentar.

O lugar também conta com restaurante e um beer garden. Não experimentamos esses atrativos da cervejaria, mas pareceram boas opções pra quem quiser otimizar o tempo, já que a cervejaria fica um pouco afastada da zona central da cidade.

O tour com degustação custa 31 dólares australianos por pessoa e pode ser reservado online antecipadamente.

O Bier Park da Rasen Bier, em Gramado, no Rio Grande do Sul

É verdade que Gramado, na Serra Gaúcha, é muito famosa no país inteiro pelos chocolates, pelo frio e pelo Natal Luz. Mas ela, como muitos polos turísticos importantes, tem espaço pra muito mais. Gramado também faz parte da Rota Cervejeira da Serra Gaúcha, juntamente com os municípios de Canela e Nova Petrópolis.

E o turismo cervejeiro em Gramado inclui o Bier Park, que não é uma cervejaria, mas um complexo cervejeiro criado por uma: a Rasen Bier. O Bier Park oferece uma visita guiada, na qual a primeira parte é dedicada à história da cerveja, que é contada por meio de vídeos, painéis e bonecos animados. Já a segunda parte é a reprodução de uma antiga cervejaria, onde é apresentado o processo de produção da cerveja. Por fim, a terceira parte da visita guiada é destinada à interatividade: realidade virtual, imagens em 5D, painéis interativos e um passeio virtual de bicicleta pela cidade de Gramado. Pra completar a visita, há três estações de chope durante o percurso, onde você pode ir enchendo o seu copo quantas vezes quiser.

O Bier Park fica na movimentada Rua Coberta e a visita guiada custa 50 reais, incluindo o chope liberado. E, pra quem quiser incrementar a experiência, o Bier Park fica junto do Rasen Platz, um restaurante de comida típica alemã, inspirado nas clássicas cervejarias de Munique. Os pratos são bem gostosos e bem servidos, e ainda rola até uma bandinha alemã.


Leia também

Tour Cervejeiro da Cervejaria Bohemia, em Petrópolis


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