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vinhos de montanha de pinto bandeira

Os Vinhos de Montanha de Pinto Bandeira

Quando se pensa em vinhos gaúchos, certamente o que primeiro vem à cabeça é a região do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. Contudo, a Serra Gaúcha tem bem mais a oferecer. Como a rota dos chamados Vinhos de Montanha de Pinto Bandeira, por exemplo.

Antes, um aviso: eu e o Cadu – o marido e parceiro de viagem -, não temos qualquer conhecimento técnico sobre vinhos. Nossa “especialidade” é comida mesmo. Mas somos apreciadores muito dedicados!

Neste post, eu conto a primeira parte do nosso roteiro pela região de Bento Gonçalves e Pinto Bandeira. A segunda parte deste roteiro está aqui neste outro post.

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Primeira parada: a Vinícola Cristófoli, em Bento Gonçalves.

A primeira parada da viagem foi a Vinícola Cristofoli, no distrito de Faria Lemos, em Bento Gonçalves. A vinícola fica na Rota das Cantinas Históricas,  que mostra um pouco da história e cultura da região.

Na Vinícola Cristofoli, a família de mesmo nome produz vinhos desde o finalzinho do século XIX.

Nossa ideia era almoçar na vinícola, já que eles têm uma experiência bacana, que é o “Edredom nos parreirais” (um piquenique sob as parreiras). Mas, como estava chovendo, o máximo que conseguimos fazer foi conhecer o local onde são produzidos os vinhos e degustar os produtos da casa. A nossa guia foi a Letícia, que é estudante de enologia e a simpatia em pessoa.

Atualização de julho de 2017: agora, a degustação tem custo de R$ 10,00 por pessoa, que reverte em produtos (neste outro post, conto algumas das experiências gastronômicas que a vinícola oferece). 

Na vinícola, a produção ainda é pequena, quase artesanal. Os vinhos finos são produzidos em tanques pequenos e a finalização das garrafas, com a colocação dos rótulos, é feita à mão, pela família. Já os tanques maiores são destinados aos vinhos de mesa, muito apreciados por boa parte da italianada aqui no RS. Meu pai, por exemplo, não troca o vinho de mesa dele por nenhum cabernet no mundo.

Saindo da Cristofoli, seguimos pela Rota, fazendo uma parada no Armazém das Cantinas Históricas, para uma boquinha. Não há cardápio de lanches, mas eles preparam, na hora, um sanduíche de pão colonial com queijo e salame ou copa. É só pedir. E peça também aquele suco de uva integral para acompanhar.

foto de sanduíche de pão colonial em vinhos de montanha de pinto bandeira

Próxima parada: a rota dos Vinhos de Montanha de Pinto Bandeira.

Depois de forrarmos os estômagos no Armazém das Cantinas Históricas, seguimos viagem em direção à rota dos Vinhos de Montanha de Pinto Bandeira.

Antes, deixa eu contar um detalhezinho bem bacana. Em 2010, os vinhos de montanha de Pinto Bandeira receberam o selo de Indicação de Procedência. O selo é uma espécie de “marca” que o produto recebe para certificar que ele é produzido em determinada região.

Pois bem.

Chegando em Pinto Bandeira, há vários lugares bacanas para se visitar. Nós focamos o nosso roteiro nas vinícolas, que produzem alguns dos nossos vinhos e espumantes preferidos.

A Vinícola Valmarino

A nossa primeira parada em Pinto Bandeira foi na Vinícola Valmarino. Infelizmente, tivemos que ficar só na degustação, já que a chuva resolveu apertar na hora. A visita às instalações onde se produzem os vinhos, assim como as fotos da vinícola, ficaram para outra oportunidade.

Mas o que realmente importava eram os vinhos e isso a chuva não nos impediu de experimentar. Na Valmarino, o interessante é que os vinhos são produzidos de acordo com a qualidade da safra. Assim, se a safra de determinada variedade de uva não é boa, o vinho correspondente não é produzido e a uva é vendida para consumo. Dessa forma, mantém-se a qualidade dos produtos.

Os espumantes da Cave Geisse

Saindo da Valmarino, paramos na Cave Geisse, outra vinícola na rota dos “vinhos de montanha” de Pinto Bandeira. O local foi fundado pelo chileno Mario Geisse, no final da década de 70 (leia a história aqui).

A visita é guiada, e mostra como funciona toda a produção dos espumantes, terminando com a degustação dos produtos.

O método utilizado na produção dos espumantes é o champenoise. Resumidamente: há duas etapas de fermentação (com a adição de leveduras e açúcar), uma nos tanques e outra na garrafa.

Após a etapa da fermentação, acontece o remouage. Nesta parte, as garrafas são colocadas em pupitres, sendo giradas lenta e gradualmente, para que o resíduo – as leveduras que fazem o processo de fermentação – se deposite nos gargalos.

Em seguida, é feito o degorgement: congela-se o gargalo da garrafa, para que se possa retirar o resíduo, que foi parar lá com o remouage. Interessante é que, mesmo abrindo a garrafa, não se perdem as “bolhinhas”. Isso porque o gás carbônico fica comprimido em razão da baixa temperatura.

Por fim, é colocado licor de expedição (açúcar), que vai diferenciar uma variedade de espumante da outra.

A degustação é divida por categorias: clássica (com os espumantes Cave Amadeu), conceito (com os espumantes Cave Geisse) e premium (com a primeira linha dos espumantes Cave Geisse – Blanc de Blanc, Blanc de Noir e Terroir Rosé). Os valores variam conforme a categoria e podem ser revertidos em compras no varejo.

Pra quem vai ser o motorista da rodada, é possível fazer só a visitação.

A vinícola também tem passeios ao ar livre, que, por conta da chuva, a gente teve que deixar pra uma outra visita. =)

E, depois de tanto vinho, bora almoçar.

Depois das visitas à Valmarino e à Geisse, desviamos um pouco da rota dos vinhos de montanha e voltamos até Bento Gonçalves, para almoçar na Casa Fracalossi. A casa faz parte dos Caminhos de Pedra, que é, segundo o site do roteiro, o maior acervo arquitetônico da imigração italiana do país. Foi declarado, inclusive, patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul, em 2009.

Nós já conhecíamos o almoço da Fracalossi, mas, dessa vez, pelo horário, ficamos com o café colonial. Queijo, salame, copa, fortaia (ovo mexido com queijo), grostoli (massinha frita que, aqui no Rio Grande do Sul, é comumente chamada de “cueca-virada”), pão caseiro, nata, geleias. Dá pra comer como se não houvesse amanhã, pelo valor de R$ 48,00 por pessoa (valor de julho de 2016).

Depois do almoço, rumamos para a Pousada Don Giovanni, onde ficamos hospedados. A pousada fica dentro da vinícola de mesmo nome, que também integra a rota dos Vinhos de Montanha de Pinto Bandeira. Mas sobre o restante do nosso final de semana eu conto neste outro post. Confere lá!


Leia também:


Organize sua viagem!

Na hora de preparar sua viagem, você pode fazer sua reserva na Don Giovanni entrando em contato diretamente com a pousada, ou pode dar uma olhada nas opções de hospedagem na Serra Gaúcha que o Booking.com oferece. Em Pinto Bandeira, não há muitas outras opções de hospedagem disponíveis, mas há dezenas de possibilidades nas demais cidades da região. São todas muito próximas umas das outras, sendo fácil o deslocamento. Principalmente entre Pinto Bandeira e Bento Gonçalves, que são vizinhas. Veja também opções de hospedagem em Bento Gonçalves.

E, para fazer um roteiro pela Serra Gaúcha, o carro é a melhor opção. Se você não mora aqui no Rio Grande do Sul e chega aqui de avião, você pode alugar um carro e já sair direto do aeroporto em Porto Alegre para o seu destino na Serra. E, se quiser garantir uns descontos, vale a pena fazer a reserva online. A Rentcars.com sempre tem uns preços bacanas, com uma centena de opções de locadoras. Você pode fazer sua reserva clicando no banner abaixo ou pela caixa de pesquisa na barra lateral do blog.

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